(Flávio Tavares/Hoje em Dia)
O conjunto arquitetônico da Pampulha ganhou o reconhecimento internacional. Porém, para ficar com a chancela, será preciso manter o que foi conquistado até aqui e oferecer melhorias. Alguns gargalos, reconhecidos pela própria prefeitura, já começam a ter soluções.
Um dos problemas que deverá ser resolvido em até três meses é a falta de um ônibus ligando a Casa do Baile, o Iate Tênis Clube, a Igreja São Francisco de Assis e o Museu de Arte. De acordo com o diretor de Promoção Turística da Belotur, Gustavo Mendicino, uma nova linha saindo da Estação do Move Pampulha poderá circular em breve.
Mais perto ainda de acontecer está a reabertura de quatro banheiros desativados na Praça Dino Barbieri, em frente à Igrejinha. “A Regional Pampulha começou, no início da semana, a reforma do espaço, que deve voltar a funcionar em meados de agosto”, conta Mendicino. Atualmente, existem sete banheiros públicos na orla, alguns deles dentro dos equipamentos culturais.
Outra melhoria, ainda no prazo de 90 dias, será a implantação de uma faixa de pedestre em frente à Casa do Baile.
Limpeza da lagoa é uma das principais metas buscadas pela gestão pública
Considerada por muitos até então como empecilho para a conquista do título de patrimônio cultural da humanidade, a degradação da Lagoa da Pampulha foi citada pelos técnicos da Unesco no dia do anúncio da chancela. Vencê-la, inclusive, é um dos principais desafios da Prefeitura de Belo Horizonte para manter o reconhecimento, que será reavaliado em três anos pelo órgão internacional.<EM>
A administração pública garante que a despoluição do espelho d’água está adiantada. Seguindo o cronograma, será possível a prática de esportes náuticos já em 2017. O prefeito Marcio Lacerda até prometeu velejar na represa.
A limpeza também possibilitará a implantação de um táxi aquático. O trajeto, de acordo com a proposta que está sendo formatada pela Fundação Municipal de Cultura (FMC), começará na Igrejinha, passará pela Casa do Baile e vai terminar no Museu.
Esgoto
Em nota, a Copasa informou que 90% do esgoto gerado pelos imóveis dos 170 bairros na bacia da Pampulha, em Belo Horizonte, e em Contagem, na Grande BH, serão coletados, interceptados e tratados com a conclusão das obras restantes do Programa de Despoluição da empresa. A previsão é dezembro deste ano.
Para atingir outro percentual, de 95%, serão implantados, a partir de agosto, mais 13 quilômetros de novos equipamentos com a interligação de 10 mil moradias ao sistema de esgotamento sanitário. As obras serão concluídas em dez meses.
Segundo a companhia, 10, 7 mil imóveis da capital e de Contagem não estão interligados ao sistema.
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