Em meio à crise no setor, reservas em empreendimentos na Pampulha sobem 30%

Da Redação
horizontes@hojeemdia.com.br
29/07/2016 às 21:29.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:04
 (Flávio Tavares/Hoje em Dia)

(Flávio Tavares/Hoje em Dia)

Com o aumento do fluxo de pessoas na Pampulha após o anúncio do título de patrimônio cultural da humanidade pela Unesco, a rede hoteleira da região também começa a sentir os benefícios. A alta nas hospedagens desde 17 de julho – quando houve o anúncio da chancela global – já chega a 30%, de acordo com alguns empreendimentos instalados por lá. O resultado positivo anima o setor, que enfrenta séria crise na capital mineira.

Desde 2014, com o fim da Copa do Mundo, 12 hotéis fecharam as portas na cidade. Outros seis, segundo levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Minas Gerais (ABIH-MG), estão prestes a encerrar as atividades.

Entretanto, na avaliação da presidente da entidade, Patrícia Coutinho, o reconhecimento do conjunto arquitetônico de Oscar Niemeyer dá novo fôlego ao turismo. “A previsão é a de melhora com o título da Pampulha, principalmente com o crescimento da percepção dos políticos e da própria população sobre o turismo no município. É uma indústria muito democrática, que abrange vários setores e serviços e emprega pessoas de todas as classes sociais”, destaca.

A partir de agora, de acordo com a dirigente da associação, a dica é explorar bem esse momento e colher bons frutos.

“Os hotéis da região estão prontos e de portas abertas para receber os turistas”, garante Patrícia.

Embalo

A receita está sendo seguida à risca pela direção do hotel Ibis Style Pampulha, impulsionado pelo crescimento de 30% nas hospedagens nesse período. Gerente-geral da unidade, Amanda Amorim revela que os funcionários estão recebendo capacitação sobre a história da Pampulha, especialmente o conjunto arquitetônico, para informar melhor os visitantes.

“De cada dez ligações recebidas desde o anúncio da Unesco, oito citam o título”, revela.

Amanda diz ainda que os hóspedes, formados principalmente por executivos e pessoas envolvidas em atividades na UFMG, têm ido ao complexo no fim da tarde, após os compromissos diários.

Além disso, quem se acomoda na unidade, garante Amanda, já tem experiência com as obras-primas de Niemeyer antes mesmo de conhecê-las pessoalmente. “Os traços da Igrejinha compõem a recepção do hotel. Nos quartos, encantam os detalhes dos passarinhos do painel de Cândido Portinari”, explica a gestora.

Otimismo

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