Crítica

Bolsonaro volta a questionar credibilidade das urnas: 'vou aguardar parecer das forças armadas'

Vanda Sampaio
vsampaio@hojeemdia.com.br
03/10/2022 às 00:22.
Atualizado em 03/10/2022 às 00:32

Durante entrevista coletiva neste domingo (2), após o resultado do 1º turno das eleições, o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que vai aguardar parecer das Forças Armadas sobre as urnas eletrônicas em todo país.

Mais uma vez, o presidente voltou a levantar suspeitas sobre o uso das urnas eletrônicas ao dizer que "esse processo não é 100% blindado, sempre existe a possibilidade de algo anormal acontecer num sistema totalmente informatizado".

Bolsonaro disse ainda que o assunto vai ficar a cargo do ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira.

Teste de autencidade e integridade 
Urnas eletrônicas em todo o país passaram por testes de integridade e autenticidade sob supervisão dos Tribunais Regionais Eleitorais.

Em Minas Gerais, foram selecionados 43 equipamentos, que foram aprovados pela auditoria feita neste domingo (2), como parte do primeiro turno das eleições.

Dez urnas foram selecionadas para o teste de autenticidade dos sistemas e 33 para o de integridade, etapas que compõem a auditoria.

Também foram selecionados seis equipamentos na capital mineira que passaram por teste piloto de auditoria com biometria do eleitor.

As urnas são auditadas há 20 anos, com participação de vários especialistas de fora do TSE e nunca foi confirmado qualquer indício de fraude, segundo informações da juíza auxiliar da Corregedoria do TRE-MG, Roberta Rocha Fonseca, que preside a Comissão de Auditoria da Votação Eletrônica para as Eleições 2022.

Auditoria
O procedimento para selecionar os equipamentos eletrônicos foi acompanhado de perto por 15 entidades, incluindo Ministérios Públicos Federal e Estadual, Tribunal de Justiça (TJMG), Controladoria Geral da União, Tribunal de Contas do Estado e Tribunal de Justiça Militar.

Além desses órgãos, participaram  ainda representantes de partidos políticos, entidades fiscalizadoras e uma empresa de auditoria externa contratada pela Justiça Eleitoral.

Após a definição das urnas que seriam auditadas – por indicação das entidades e por sorteio – foi realizada uma complexa logística para buscar as urnas nas seções eleitorais distribuídas por todas as regiões do Estado.

Os equipamentos permaneceram o tempo todo sob escolta da Polícia Militar, desde a cidade de origem até o TRE-MG, em BH, para onde foram encaminhados para a auditoria.

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