(Miguel Aun/Sebrae Minas)
O segmento de artesanato em todo o país, que no início da pandemia foi duramente castigado com a suspensão de feiras e eventos presenciais, retração no turismo e a baixa presença no mundo digital, começa agora a dar os primeiros sinais de recuperação, principalmente com as vendas de decorativos-utilitários, que cresceram com a maior presença das pessoas em casa. Miguel Aun/Sebrae Minas / N/ACatálogo digital vai ajudar artesãos mineiros na comercialização dos produtos
“As pessoas querem ter uma mesa posta, bonita. Então, houve um aumento notório da busca por esses produtos”, conta Amanda Guimarães Guedes, especialista em artesanato do Sebrae Minas.
Segundo ela, já há também uma presença digital mais expressiva no setor e o Sebrae Minas vem incentivando esses profissionais com consultoria para marketing digital, gestão e design, justamente para romper com esse gargalo entre a confecção dos produtos e o escoamento da produção. “São profissionais criativos que buscaram inovar e movimentar o seu modelo de negócios. Então, já há um presença digital mais forte”, enfatiza.
Para ajudar os profissionais a romper esse período de dificuldades, o Sebrae Minas está lançando também o primeiro catálogo on-line de artesanato em Minas, para garantir um aumento das vendas e a geração de renda para os artesãos. A publicação digital traz 212 peças utilitárias e decorativas feitas por 150 artesãos de 70 municípios mineiros. Os produtos foram identificados pelo tipo de matéria prima, como têxtil, fibra, madeira e mineral.
“A comercialização é um ponto crítico dessa relação artesão-consumidor. Esses canais podem promover essa conexão. Ajuda ainda a dar mais visibilidade ao artesanato mineiro e é um importante instrumento de divulgação e comercialização das peças produzidas por artesãos de todo o Estado”, garante.
Impactos da Covid
Uma pesquisa feita pelo Sebrae Nacional, de 28 de setembro a 1º de outubro, sobre os impactos da pandemia do coronavírus nos pequenos negócios, aponta que o faturamento caiu para 69% do grupo entrevistado e que 26% estão com dívidas em atraso e 25% já recorreram a empréstimo bancário. O levantamento revela ainda que 44% ainda têm muitas dificuldades para manter os negócios.
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