Em defesa do Hospital Sofia Feldman mulheres lotam galerias da Assembleia

Da Redação*
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19/10/2017 às 21:46.
Atualizado em 02/11/2021 às 23:18
 (Reprodução)

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Após uma passeata pelas ruas de Belo Horizonte, centenas de mulheres lotaram as galerias da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para defender um modelo de parto humanizado representado pelo Hospital Sofia Feldman, público, não-governamental, que atende exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). 

A audiência pública foi organizada pela Comissão Extraordinária das Mulheres no momento em que a direção do hospital luta contra um subfinanciamento mensal de R$ 1,4 milhão e um deficit mensal superior a R$ 2,2 milhões.

O Sofia Feldman funciona no Bairro Tupi, na Capital, por meio de uma fundação de assistência integral à saúde, tendo se transformado em referência na assistência materno-infantil humanizada e de qualidade pelo SUS. 

O hospital realiza cerca de 900 partos por mês e possui 185 leitos, sendo 87 obstétricos, 41 em unidade de tratamento intensivo (UTI) neonatal, 45 em unidade de cuidados intermediários neonatais e 12 de outras clínicas.

O diretor do hospital, Ivo Lopes reconheceu o esforço da Prefeitura de Belo Horizonte que anunciou, na terça (18), um adiantamento de recursos de R$ 1 milhão para o hospital, além de um alongamento da dívida deste com o município, e repasses mensais de R$ 60 mil para custear o banco de leite da instituição.

Mas disse que isso não resolve o deficit milionário mensal do Sofia Feldman, que vem padecendo por não receber remuneração pública suficiente para custear os procedimentos que realiza. 

Além do subfinanciamento mensal de R$ 1,4 milhão, deve pagar parcelas mensais de dívidas com o Banco Bradesco (R$ 283 mil mensais) e com a Caixa Econômica (R$ 281 mil por mês), além das parcelas devidas ao próprio município (R$ 250 mil por mês).

Para resolver o problema de forma definitiva, a presidente da Comissão Extraordinária das Mulheres, deputada Marília Campos (PT), defendeu uma reunião entre representantes da União, do Estado e da Prefeitura de Belo Horizonte, sob a supervisão do Ministério Público do Estado, para tentar resolver, de forma mais duradoura, o subfinaciamento.

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