Pampulha, pra que te quero? Visita aos monumentos aumenta expressivamente após tombamento mundial

Da Redação
horizontes@hojeemdia.com.br
29/07/2016 às 20:58.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:04
 (Flávio Tavares/Hoje em Dia)

(Flávio Tavares/Hoje em Dia)

A Pampulha é nossa e de todo o mundo. Depois de o conjunto moderno concebido por Oscar Niemeyer ser elevado a patrimônio cultural da humanidade pelo comitê da Organização das Nações Unidas para a Cultura, Ciência e Educação (Unesco), em 17 de julho, todas as atenções estão voltadas para a região.

Para se ter uma ideia, as visitas só na Igreja São Francisco de Assis, a famosa Igrejinha, deram um salto de 113,8% em plena segunda-feira, após o anúncio do título, no comparativo com o mesmo dia da semana anterior.

E o fluxo de pessoas não para de crescer. Muitos são moradores de Belo Horizonte que nunca tinham entrado nos monumentos do complexo arquitetônico, como a empresária Cláudia Campolina Diniz Souza, de 47 anos.

Nascida na capital, ela mora no bairro São João Batista, em Venda Nova, a cerca de cinco quilômetros da Pampulha. Entretanto, entrou pela primeira vez no Museu de Arte (MAP) só na semana passada. Acompanhada do marido, José Galdino, e das filhas Maria Clara, Maria Eduarda e Maria Júlia, ela ficou encantada com a estrutura. “Achei lindo o mármore, o piso e o mobiliário”, conta.

A diretora escolar Lilian Marquezini, de 41 anos, e a filha Beatriz, de 18, também mataram a curiosidade sobre o templo religioso na última quarta-feira. De férias, aproveitaram para uma visita à edificação. “As pessoas que ainda não conhecem, principalmente as que moram na cidade, devem vir e passar a novidade para frente. A capela é linda. Depois vamos conhecer os outros monumentos”.

Quem ainda não visitou o conjunto moderno já planeja passeios na Pampulha. A terapeuta ocupacional Francielle Silva Pacheco, de 23 anos, afirma que só irá ver de perto as estruturas quando os primos puderem ir junto. “Ouço por aí que tudo lá é muito lindo. Então, quero fazer desse momento algo único com a família”.

Faturamento

Comerciantes e donos de lanchonetes no entorno da orla também comemoram o título. Por causa do reconhecimento global, muitos já viram a renda aumentar. “As vendas cresceram 100% nos fins de semana. Está vindo gente de tudo quanto é parte do país”, diz Ariovaldo Barros, que há 14 anos comercializa água de coco em frente ao MAP.

Ele espera que o movimento continue pelos próximos três anos, quando a Unesco fará novamente uma vistoria no local. “Como é preciso manter o título, creio que melhorias virão. Com uma boa estrutura, mais turistas serão atraídos para a Pampulha”, diz.  

Agências de turismo de BH já oferecem pacotes para a região

Pacotes com passeios pelas principais atrações de BH, tendo como carro-chefe o conjunto arquitetônico da Pampulha, são o novo trunfo de operadoras de turismo. Em um dos serviços prestados, o city tour sai por R$ 100, passando pela orla da lagoa e pelas praças da Liberdade e do Papa, na região Centro-Sul da cidade. Além da visita, estão incluídos traslado, seguro e um guia.

A novidade, inclusive, é uma das apostas da Belotur para potencializar o turismo na metrópole, revela o diretor de Promoção Turística do órgão, Gustavo Mendicino. “O serviço é oferecido em outras cidades, como o Rio de Janeiro. Por aqui, ganhou força após o título de patrimônio cultural da humanidade”, afirma.

Os pacotes, conforme Mendicino, são divulgados nos Centros de Atendimento do Turista (CATs) e no site belorizonte.mg.gov.br. “A procura pelo público tem sido grande”, diz.

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